Tenho pensado muito sobre imperfeição.
Nunca tinha realmente me visto como imperfeito. Sabia de um ou outro ponto para melhorar, mas dificilmente sentia-me imperfeito.
Isso mudou.
Por todos os lados, sou obrigado a me olhar e ver como sou imperfeito. Da cabeça, aos pés. Em atitudes. Em ação. Em inércia. Em silêncio.
Mas será que existe realmente imperfeição? Será que, em nossa imperfeição, somos perfeitos?
A perfeição ou imperfeição sempre está atrelado a um contraponto. Alto-baixo, bonito-feio, magro-gordo, grande-pequeno, devagar-rápido, calado-falante, desatento-atento...
E em cada um deles, é possível achar um contraponto para aquilo que parecia perfeito. Tudo depende de como se olha e o que se olha. Nós buscamos a perfeição? Talvez a gente tente encontrar somente imperfeições.
Lugar perfeito para trabalhar? Lugar perfeito para morar? Amigo perfeito? Marido e esposa perfeitos? Clima perfeito?
Como eu sou imperfeito. Como eu gostaria de mudar coisas em mim. Como eu gostaria de oferecer mais aos outros... a mim mesmo.
Mas se eu fosse diferente, eu seria outro. Meus medos e minhas angústias seriam outros. Meu comportamento seria outro. Minhas alegrias e tristezas mudariam. Meus amigos... minha família...
Deveríamos ver como a imperfeição é perfeita.
é da condição humana a busca pela ideal. só o homem tem ideologias e só as tem porque é mais que instinto. pensa. o que mais pensa, é o maior dos imperfeitos.
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